o site!

+ 31 de maio de 2008 0 comentários


duhmuseus.co.nr : começou a ser montado o site, aquele que será a síntese do trabalho.

O texto esplicativo desta fase:

Uma vez escolhido o formato “site”, procedemos ao desenho e organização do seu layout. Dada a complexidade do tema, exploramos os recursos que esta plataforma nos faculta, investindo numa forte componente visual e utilizando várias estratégias de exposição de conteúdos.

Para tal, foi indispensável sintetizar a informação reunida, reduzindo-a a seis tópicos/ conceitos que corresponderão aos ícones da página inicial: Museu Nacional de Arte Antiga; Fundação Calouste Gulbenkian; Museu de Arte Comtemporânea de Serralves; Centro de Artes de Sines; Palácio dos Anjos + Centro Cultural Colecção Manuel de Brito; Museu de Arte de São Paulo; O Museu; A Envolvente e o Contexto; Percurso Expositivo; Museu – Instituição. Os temas centrais em estudo, dispõem-se desta forma possibilitando diferentes correlações entre conteúdos.

O conceito por trás deste “interface” principal comporta a noção de um quadro de grandes dimensões, pelo qual podemos deslocar o nosso foco de atenção pela selecção dos ícones com destinos identificados que surgem no layout inicial. Pode-se estabelecer uma relação análoga à de um quadro de corticite (onde se afixam lembretes, listas, imagens, tabelas...). Assim, no site, pensamos reproduzir a liberdade associativa com que interagimos com o objecto supracitado. Da mesma forma com que nos deparamos com um tópico que nos acicata o interesse e rapidamente (no contexto do quadro) procuramos outro item que esteja a ele ligado. Seleccionando um tema somos transportados para outra estância de uma grande superfície (existindo um deslocamento gráfico que emula o movimento físico correspondente), no qual o tema em questão é desenvolvido, contendo diferentes registos (vídeo, texto, áudio). O esquema visa o cruzamento de cada tópico com cada conceito, pretendendo oferecer, com este diálogo, uma apreensão clara do tema.

No estado em que se encontra o trabalho, ao invés de apresentarmos vídeos dos museus seleccionados, recorremos aos storyboards dos mesmos, que contêm uma (ou várias ) aproximação possível, que corresponde à ideia ponderada do objecto estudado com os tópicos que desenham e agregam o tema. Existindo no entanto diferenças interpretativas em cada uma das visões temáticas, que derivam de vários factores : imagens disponíveis, entendimento pessoal do conjunto teórico... Os storyboards dispõem-se em linha, para que o percurso do olhar, capte as nuances, atinja uma coesão, de forma a que as informações captadas construam uma imagem dinâmica, muito similar à de um filme.

10 de janeiro:primeiras impressões sobre o Centro de Artes de Sines

+ 13 de janeiro de 2008 0 comentários



“O projecto inicia-se na escolha do lugar. (...).” (in www.airesmateus.com)

Construído no centro histórico de Sines, desde logo se mostra como ícone cultural e arquitectónico
num centro onde os edifícios públicos de construção contemporânea não tinham qualquer presença notória, mostra-se dinamizador daquela parte urbana, da identidade cultural de Sines, do orgulho dos próprios habitantes, eles utilizadores ou não daquele espaço. Não reúne consenso como seria espectável dado o facto de ser uma intervenção num centro histórico onde só a construção ‘de desenhador ou engenheiro’ tinha lugar nas últimas intervenções que num rápido passeio se podem ver.
O Centro de Artes localiza-se no espaço anteriormente ocupado pelo Cine-teatro Vasco da Gama ou pelo Teatro do Mar. Coincide também com o início do caminho medieval que abre a cidade à baía (Rua Cândido dos Reis) e a via de delimitação entre a cidade histórica e a cidade moderna (Rua Marquês de Pombal).
Com uma clara inspiração na materialidade do castelo, procuraram os arquitectos que fosse assim também este uma porta para o centro histórico.
Torna-se num exemplo a nível nacional e extrafronteiras pela forma respeitosa como intervém, mas assumindo a sua linguagem, a imagem formalista, num corte dinâmico com a construção envolvente.

Com as fachadas exteriores cegas em pedra lioz - apenas com pequenos rasgamentos verticais nos pisos superiores, o edifício assume um carácter introspectivo, um retiro cultural. No entanto dialoga com a cidade, com a rua, com todo o piso térreo envidraçado para a rua que atravessa o conjunto e o separa em duas partes, permitindo uma dual contemplação
entre o interior e o exterior, num gesto de convite ao usufruto daquele espaço cultural pelo transeunte. O envolvimento com o espaço que rodeia o edifício, as duas ruas em que toca, aquela por baixo da qual passa, faz-se através da utilização da mesma pedra das fachadas. Paralelo aos volumes que assumem o Centro de Artes, a ‘casa preta’, com linhas do ‘pré-conceito’ de casa com duas águas, existe a futura loja do centro.

O edifício reúne várias valências: biblioteca, arquivo municipal, auditório e, esse que no tema mais interessará, o centro de artes:espaço expositivo.
O acesso faz-se ao nível do piso térreo onde se encontra o foyer com uma sala de leitura ou o auditório. enquanto que ao arquivo e à biblioteca se acede no sentido ascendente, os espaços expositivos ocupam essencialmente os pisos inferiores ao nivel da rua.



A área de exposição soma três espaços alongados e com um pé direito baixo separados por “paredes” densamente ocupadas com valências funcionais e de apoio.
Naqueles interstícios localizam-se os acessos verticais, uma cafetaria, assim como serviços de apoio (wcs e áreas técnicas). Permitindo a circulação, as paredes têm vários atravessamentos, com um pé direito reduzido e menos iluminados, de modo a minimizar praticamente a percepção destes momentos de passagem quando em confronto com os espaços de exposição. Os percursos fazem-se aparentemente livres, mas estão sujeitos à linha de força do sentido das salas, que convidam ao seu percurso completo usando os atravessamentos nos extremos daquelas.
O pé direito nas salas varia entre espaços altos, em naves estreitas junto às paredes, permitindo
a entrada de luz natural zenitalmente até às salas, no piso inferior, e baixos onde linhas de luz dão um ‘ambiente quase imaterial’ aos espaços. Se os espaços se fazem numa proposta inesperada: não é o ‘white cube’ perfeitamente neutral, no entanto a interferência
com os objectos expostos faz-se pacífica, pelo equilíbrio entre estas variações espaciais e volumétricas e a tonalidade clara - paredes e tectos brancos e pavimentos em mármore também branco.
Existe ainda um quarto espaço, acedido por uma rampa a partir daqueles, também alongado,
não ortogonal, com um pé direito igual à altura total do edifício. Parece o culminar do percurso do visitante, onde a verticalidade assume a predominância, com iluminação zenital e as paredes completamente cegas. Aqui a visita obriga a um retorno pela mesma rampa de volta às salas inferiores.

O centro de artes pode ser encarado como um exemplo do que são os novos espaços culturais e museológicos fora das grandes cidades portuguesas: aglutinador de vários serviços, entre os quais quase sempre presente um espaço expositivo, de maior ou menor relevo, por norma sem colecção própria ou exposição permanente, num edifício e uma instituição que assim toma uma dimensão com maior visibilidade e viabilidade. Este caso é no entanto muito característico, por um lado, e do ponto de vista arquitectónico, uma vez que o projecto dá particular ênfase ao desenho das salas de exposição, das possibilidades de percurso e das percepções sensoriais que naqueles espaços se têm; por outro, enquanto museu-instituição porque muito embora haja uma ausência de colecção própria e dada a interacção com as outras valências do Centro de Artes, a parceria com instituições de maior relevo e a própria icónica do edifício, a exposição pública, a imagem institucional recebe um investimento visível e coerente - à escala da cidade -, é bastante dinâmica e convidativa ao usufruto pela população, no sentido de uma educação e democratização cultural das massas, objectivo que parece nos últimos anos animar esta instituições deslocalizadas dos grandes centros e que aqui se parece cumprir com algum sucesso.

Pretendo, com este primeiro texto estabelecer algumas ideias como premissas - ainda que embrionárias - para entender o possível contributo do Centro de Artes enquanto instituição
e enquanto edifício na compreensão do tema ‘Museus’ e das questões nele inerentes, em particular no caso português. É a perspectiva de um museu/espaço de exposição contemporâneo, construído de raiz, que cruzado com os outros casos, contemporâneos ou do passado, de raiz ou de intervenção em edifício anteriores procura completar o espectro do tema em estudo.

texto e fotos por sérgiocatumba aka aureo¨

Centro de Artes de Sines: Plantas e 'últimas reportagens'

+ 21 de dezembro de 2007 0 comentários



Existe no site do fotógrafo Fernando Guerra uma série de 41 imagens sobre o CAS. Pena a dimensão das fotos, porque tem excelentes enquadramentos do edifício...
site: www.ultimasreportagens.com : link directo

:plantas e cortes(a partir do site dos arquitectos:www.airesmateus.com)









em Sines...

+ 13 de dezembro de 2007 0 comentários


[foto de *L(flickr)]

No site do CAS

+ 2 de dezembro de 2007 0 comentários

O site do Centro de Artes tem uma descrição sucinta sobre o edifício, assim como das diferentes valências e dos seus "eixos de programação" e orientação cultural. Vale a pena ir lá, é melhor do que qualquer artigo de revista para entender o Projecto e o museu/centro de arte.


[foto de nkf55(deviantart.com)]

:sobre o projecto
"O Centro de Artes de Sines é um projecto do Atelier Aires Mateus & Associados que tomou como ideia estruturante a criação de um edifício de excepção que agregasse várias funções, servisse todas as camadas da população e funcionasse ao mesmo tempo como parte da cidade e porta do centro histórico. (...)"

:sobre o centro de exposições

"O desenho
dos espaços expositivos do Centro de Exposições (CE) propicia um interessante diálogo entre artistas e arquitecto. O espectador é o principal privilegiado desta arquitectura que desafia os princípios expositivos comuns, e que se relaciona inter paris com os objectos artísticos mais contemporâneos.
O Centro de Exposições poderá ser entendido como um espaço de dar a ver sobre uma determinada forma. À simples exposição de obras de arte, privilegiar-se-á o encontro com os públicos, a mediação, a transcrição de conteúdos, a elaboração de sucessivos dispositivos que acolham o verdadeiro sentido visual das propostas artísticas. É nesta medida que o olhar será eminentemente antropológico, quer dizer, construído a partir da pluralidade de áreas do saber que compreendem a natureza humana. Ao invés de cartografar os domínios da arte contemporânea, pretendemos “ver em profundidade”, relacionando sempre que possível as imagens actuais com outras, mais antigas."
in www.centrodeartesdesines.com.pt

Centro de Artes de Sines:fotos01

+ 0 comentários

Algumas das fotos que encontrei pelo flickr. Há mais de onde estas vieram...












[fotos de biancazucchi, flax-, Guimarães!!, JoãoOrnelas, *L(luisa), Lupan59, RaulLuar, (flickr)]

Reconsiderações ao Tema

+ 25 de novembro de 2007 0 comentários

Na lógica do exercício proposto na disciplina de Projecto IV, tornou-se
relevante a análise do programa Museu. Nesse sentido, pretende-se
elaborar um estudo sobre diferentes exemplos museológicos em
contexto nacional.
Partindo desta premissa, justifica-se a escolha de cinco casos
segundo a sua posição no percurso histórico, relacionando diferentes
modos de abordagem e incidindo também nos seus momentos de
transição. Entende-se, portanto, um estudo de cada edifício integrado
no ‘ideal de qualidade’ referente ao seu contexto e confrontando-o com
o actual.

Sendo o percurso um elemento essencial ao Museu, que carácter e
valores lhe são atribuídos?
Tendo um edifício pré-existente, que princípios orientadores geram
uma maior ou menor intervenção na sua estrutura espacial?
Como são inseridos os princípios modernistas nesta temática?
Que relação se estabelece entre as grandes intervenções museológicas
em contexto internacional e a realidade portuguesa?
Que papel desempenha a envolvente, urbana ou natural, no processo
de modulação do edifício? E de que forma este realiza a acção inversa?
Duh! Mas afinal, o que é isso de Museu?

:casosEstudo (com duas alterações)
Museu de Arte Antiga, Lisboa
Palácio dos Anjos , Algés, Atelier Entreplanos
Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Arquitecto de Alberto Pessoa,
Pedro Cid e Ruy de Athouguia
Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto, Arquitecto Álvaro
Siza
Centro de Arte Contemporânea de Sines, Sines, Arquitectos Aires
Mateus